quarta-feira, 30 de setembro de 2015

      IBEJIS
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As Crianças são a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
      
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É conhecida também como linha dos Erês ou de Ibeji. Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.
Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança.
É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida.
Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc.
Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é.
Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a “brincadeira” (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão “engraçada” assim.
Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam. Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior característica de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados.
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A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do país. Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe.
Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.

MAGIA DA CRIANÇA

O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são… todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.
Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez.
A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes.
A entidade conhecida na Umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas – o refrigerante – e trata a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.
  • Cor – Rosa e azul
  • Domínios – Parques e jardins
  • Atuação – Contra doenças e feitiços
  • Saudação – Oni beijada!
  • Elemento – Terra
Cosme e Damião são representantes (patronos) da falange das crianças, ou Ibejis.
Acreditamos que Cosme e Damião possam ter iniciado no papel de protetores das crianças a partir da sincretização com os Ibejis, as crianças gêmeas do panteão Iorubá, que também podem ser considerados como “eres”.
Os filhos de Ogum, como também são conhecidos, tem a presença mais alegre da Umbanda. A presença das crianças na Umbanda traz renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Aliás essa linha é fácil de perceber a incorporação pois o semblante da pessoa fica suave, sua voz mais fina e sempre com aquele ar de criança. Por sua natureza e pelos patronos a linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra às crianças. Podem aparecer no decorrer do ano, mas o seu dia de comemoração acaba virando uma grande festa de aniversário, adoram guaraná e doces e promovem uma animada “bagunça” quando baixam no terreiro. Sua energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bençãos da fertilidade e da harmonia cotidiana.

domingo, 6 de setembro de 2015

xango

    XANGÔ
XangôShangoSango ou, na BahiaBadé,[3] é o orixá da justiça, dos raios, do trovão e do fogo. Foi rei na cidade deOyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odus obará e ejilaxebora e representado material e imaterialmente nocandomblé através do assentamento sagrado denominado igba xangoPierre Verger dá, como resultado de suas pesquisas, que Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e eboras), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Xangô" é um termo procedente da língua iorubá.[3]

África[editar | editar código-fonte]

Escultura em madeira: Deus do Trovão da Nigéria. Obra executada por Lamidi Olonade Fakeye (1928–2009).
Como personagem histórico, Xangô teria sido o quarto Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha deElempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô teve três divindades como esposas: OyáOxum e Obá.
Xangô é o orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum.
  • Sacerdote de Sango - Magba
  • Sacerdotisa de Sango - Iya Magbá
  • Atabaque de Sango - Ilu batá
  • Toque favorito - Alujá
  • Fruto favorito - Orogbo
  • Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá
  • Comida - Amalá
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

Itan[editar | editar código-fonte]

Xangô criador de Culto a Egungun[editar | editar código-fonte]

Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:
Cquote1.svgEm um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava.
Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá. Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais.
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Brasil[editar | editar código-fonte]


Enquanto 
Oxóssi é considerado o rei da nação de Queto, Xangô é considerado o rei de todo o povo iorubá. Orixá do fogo, dosraios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun. Muitos orixás possuem relação com os Egunguns mas ele é o único que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku: por este motivo, não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho lhe pertencendo. Ao se manifestar nos candomblés, não deve faltar, em sua vestimenta, uma espécie de saieta de tiras chamada banté, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos eguns.Xangô foi o quarto (ou o terceiro)[2] rei lendário de Oyo, na Nigéria, tornado orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os raios, as tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas, sendo as mais conhecidas: Oiá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é oOxê: machado de dois gumes.
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho deYamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação comOxumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Assentamentos de Xangô e Obá no candomblé
Xangô é cultuado no Brasil sob 12 qualidades. Vale salientar que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e não é bem assim: por exemplo, Airá é um outro orixá que não se dá com Xangô. Reza a lenda que Airá era muito próximo de Xangô, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xangô, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xangô percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir.
Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Xangô, então, mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô, falando a Oxalufã que Xangô sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas não é um fum-fum. Xangô, que não suporta traições, se irritou com a atitude de Ayrá, cortando relações com ele. Desde então, eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.

As Qualidades de Xangô[editar | editar código-fonte]

As qualidades de Xangô são estas:
  • Afonjá - Afonjá, o balé (governante) da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oyo, no início do século dezenove, Oyó era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o poder absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oyo e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oyo. Com isso o Rei de Oyo Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traiu o Império Iorubá, mas, quando, os rebeldes assumiram o poder, Afonjá foi decaptado em 1.823 pelo seu novo aliado. Este alegou que, se um homem traiu seu antigo rei, ele voltaria a trair tantos outros.
  • Obá Kosso - Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oyo, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oyo foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
  • Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
  • Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
  • Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
  • Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
  • Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungan é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.
  • Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.
  • Obá Jakutá - Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.

Elementos do culto[editar | editar código-fonte]

  • Saudação: Kawó-Kabiesilé (saudação é a forma com que os orixás são reverenciados);
  • Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
  • Dia da Semana: Quarta-Feira;
  • Elementos: FogoVulcõesTempestadesSolTrovõesTerremotosRaios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
  • Elemento Livro: os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a justiça e o direito;
  • Ferramenta: Oxêmachado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
  • Pedra: meteorito;
  • Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
  • Oferendas: Amalácágadocarneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
  • Dança: Alujá, a roda de Xangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.
  • Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.

Cuba[editar | editar código-fonte]

Changó (em português, Xangô) é uma das deidades da religião iorubá. Na santería, sincretiza com Santo Antônio.
Resumo
Changó é um dos mais populares orixás do panteão ioruba. É considerado orixá dos trovões, dos raios, da justiça, da virilidade, da dança e do fogo. Foi, em seu tempo, um rei tirano, guerreiro e bruxo, que, por equívoco, destruiu sua casa e a sua esposa e filhos e logo se converteu em orixá.
Orixá da justiça, da dança, da força viril, dos trovões, dos raios e do fogo, dono dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés, da festa e da música; representa a necessidade e a alegria de viver, a intensidade da vida, a beleza masculina, a paixão, a inteligência e as riquezas.
O Orisha
Changó é chamado Yakutá (o lançador de pedras) e Obakosso (rei de Kosso). Foi o quarto Rey de Oyo e também o primeiro awó, trocou o ashe (axé) da adivinhação com Orunmila pelo da dança, é dono também dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés.
Família
Foi esposo de ObbáOyá y Oshún. Foi filho de Obbatala e Aggayu Solá, mas em outros caminhos se registra como de Obbatalá Ibaíbo e Yembó ou de Obbatalá eOddua, mas em todos os caminhos considera-se criado por Yemaya e Dadá. Irmão do último, OggunOsunEleggua e Oshosi
Oferendas
As oferendas a Changó incluem amalá, feito a base de farinha de milho, leite e quimbombó (quiabo), bananas verdes, banana indio, otí (água ardente), vinho tinto, milho tostado, cevada, alpiste, etc. Imola-se carneiros, galos, codornas, tartarugas, galinha de guiné, pombas, etc
Pataki (Itan) de Changó
Furioso com os seus descendentes ao saber que Oggún havia querido ter relações com sua própria mãe, Obatalá ordenou executar a todos os varões. Quando nasceu ChangóElegguá (seu irmão) levou-o escondido para sua irmã mais velha, Dadá, para que o criasse. Em pouco tempo, nasceu Orula, o outro irmão. Elegguá, também temeroso da ira de Obatalá, o enterrou ao pé de uma árvore e lhe levava comida todos os dias. O tempo passou e, um belo dia, Obatalá caiu enfermo. Elegguá buscou rápido a Changó para que o curasse. Logo que o grande médico Changó curou seu pai, Elegguá aproveitou a ocasião para implorar de Obatalá o perdão de Orula. Obatalá cedeu e concedeu o perdão. Changó, cheio de alegria, cortou a árvore e, dela, entalhou um belo tabuleiro e junto com ele, deu, a seu irmão Orunmila, o dom da adivinhação. Desde então, Orunmila diz: "Maferefum (benção) Elegguá, maferefum Changó, Elegbara. Também pela mesma razão a ékuele (moeda usada na Guiné Equatorial) de Orunmila leva, na soldadura, um fragmento do colar de Changó (branco e vermelho) por uma ponta. Desde então, Orunmila é o adivinhador do futuro como intérprete do oráculo de Ifá, dono do tabuleiro e conselheiro dos homens.

Referências

  1. Ir para cima CARYBÉ. Mural dos orixás. Salvador. Banco da Bahia Investimentos. S/A. 1979. p. 44.
  2. ↑ Ir para:a b CARYBÉ. Mural dos orixás. Salvador. Banco da Bahia Investimentos. S/A. 1979. p. 42.
  3. ↑ Ir para:a b c FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 795.
  • Cantiga de Xangô 14 - Oba Sarewa
  • Reginaldo Prandi - Mitologia dos Orixás. Companhia das Letras.
  • Gisele Cossard - Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.
  • VERGER, Pierre Fatumbi, Orixás, 6.ed., Corrupio, 2009.